Um ano após incêndios, Agesul ainda não reconstruiu pontes queimadas no Pantanal

Publicação do edital de licitação deve ocorrer ainda este mês, segundo a Agência

| MIDIAMAX/IDAICY SOLANO


Ponte localizada na MS-228, na região da Estrada Parque Pantanal, é uma das destruídas em 2024 (Divulgação, CBMMS)

Um ano após o Pantanal sul-mato-grossense enfrentar uma série de queimadas, a reconstrução das pontes afetadas pelas chamas segue sem licitação publicada. A situação tem causado indignação nos moradores, que estão com o o a serviços básicos prejudicado. 

Procurada pela reportagem do Jornal Midiamax, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) informou que a publicação do edital de licitação deve ocorrer ainda no mês de junho, mas não informou uma data definida. 

Em nota, a Agência explicou que o serviço será feito por meio de contratação integrada, onde a empresa ficará responsável pela elaboração do projeto e execução da obra. As pontes que foram acometidas pelo fogo, deverão ser reconstruídas como concreto armado, para evitar a reincidência. 

“Atualmente está na fase final preparatória do processo de licitação, lançando as metas exigidas da modalidade no sistema', diz trecho da nota. 

Moradores estão isolados

Sem as pontes, que facilitam o o dos moradores das regiões mais remotas do Pantanal, eles ficaram com o deslocamento prejudicado, pois levam mais tempo para ar serviços básicos, como hospitais.

Ellen Aparecida Faria dos Santos, de 24 anos, relata que seu pai trabalha há muitos anos no Pantanal, como gerente de uma fazenda, e na semana ada, um peão se machucou na região do Nabileque, onde costumava ficar a ponte sobre o Rio Naitaca, que foi destruída pelas chamas dos incêndios de 2024.

Sem a ponte para cruzar o rio, o rapaz precisou percorrer um caminho de 60 quilômetros de moto e depois de barco, para conseguir chegar até o hospital mais próximo. “Se a ponte estivesse lá, não precisaria de todo esse transtorno e ele chegaria bem antes no hospital, não precisaria percorrer 60 km com a clavícula quebrada e a costela fraturada', comentou Ellen.

Queimadas em 2024

Entre janeiro e novembro de 2024, o Pantanal sul-mato-grossense perdeu 1,8 milhão de hectares devido aos incêndios florestais. O número representa 20,82% do território pantaneiro que existe no Estado, que totaliza cerca de 9 milhões de hectares. O registro é maior do que em 2020, quando o fogo devastou cerca de 1,2 milhão de hectares.

Grande parte das regiões que foram devastadas são áreas protegidas, como Unidades de Conservação e terras indígenas. A realidade mais alarmante é observada em Unidades de Conservação, tanto do Cerrado, quanto do Pantanal, onde a incidência de incêndios cresceu 15,44 vezes em 2024, em relação a 2023.

A maior concentração dos focos de calor está nos municípios de Corumbá (65,0%), Aquidauana (17,3%), Porto Murtinho (9,1%) e Miranda (8,1%). Essas cidades registram 98,8% dos focos de calor do Pantanal sul-mato-grossense.

Estes dados constam no Informativo nº 22 do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS), divulgados em novembro do ano ado. 

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