Arquibancadas, esporas e ringues: Veja como era o local onde acontecia rinha de galos em Campo Grande
Responsável pelo espaço cobrava R$ 100 para que as pessoas pudessem assistir às rinhas e fazer apostas. Ele foi multado em R$ 132 mil
| MIDIAMAX/JOãO RAMOS
Denúncia anônima realizada na tarde deste domingo (18) levou a Polícia Militar Ambiental a um local onde moradores de Campo Grande (MS) se reuniam para apostar em rinhas de galos, no Jardim Tarumã. Conforme fotos divulgadas pela PMA, o espaço contava com um ringue de alvenaria improvisado para os animais, além de diversas esporas artificiais, cadeiras e arquibancadas, onde os apostadores acompanhavam os duelos.
Quando os agentes de segurança chegaram, a prática ilegal estava em andamento, com diversos participantes assistindo e realizando apostas. Imediatamente, vários deles fugiram em disparada por uma área de mata, localizada aos fundos da propriedade.
No terreno, havia uma espécie de arena de alvenaria, estrutura fixa montada para as rinhas, indicando que esse tipo de evento é recorrente. Dois galos de espécie exótica estavam em luta quando a polícia chegou.
Mais detalhes
Além deles, outros 44 galos também foram encontrados na mesma propriedade, em gaiolas apertadas, de dimensões inadequadas. Feridos pelas disputas, os animais eram mantidos sem oferta de água e alimento, caracterizando situação de maus-tratos.
Entre os objetos apreendidos no local onde as rinhas aconteciam estavam esporas artificiais de plástico, que agravam os ferimentos, especialmente em animais que já perderam os esporões naturais em lutas anteriores.
Ainda durante a vistoria, outro ringue, de madeira, foi localizado, além de diversas seringas, tesouras, agulhas e medicamentos veterinários de uso controlado, todos associados à prática de rinha de galos.
Como funcionava local de apostas em rinha de galos e a punição para o autor
Responsável pelo local, idoso de 63 anos assumiu a realização do evento e a tutela dos animais. Ele confessou que cobrava R$ 100 para que as pessoas pudessem assistir aos combates entre as aves. O valor também incluía almoço para os participantes.
O homem foi preso em flagrante e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil, onde também assinou um auto de infração ambiental no valor de R$ 132 mil, conforme o número de animais e a gravidade das infrações constatadas.
A rinha de galos é uma prática criminosa e cruel, na qual os animais são forçados a lutar, muitas vezes até a morte, frequentemente sob efeito de substâncias estimulantes para prolongar os combates. A PMA reforça a importância das denúncias como ferramenta fundamental no combate a esse tipo de crime.
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