Campanha usa dinossauros para chamar a atenção para a carga tributária em MS
Combustíveis e celulares têm mais de 50% do valor de impostos
| MIDIAMAX/PRISCILLA PERES
A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Campo Grande encabeça as ações do Dia Livre de Impostos, nesta quinta-feira (29) e usa dinossauros para chamar atenção para o “tamanho” da situação. Os impostossauros mostram que os impostos chegam a 60% do preço de alguns produtos.
Confira lista de produtos com descontos
Diversas lojas do centro e dos shoppings aderiram à campanha e comercializam produtos sem o valor do impostos. A ideia é mostrar, na prática, o peso no bolso do consumidor. Também acontecem ações sociais com conscientização nas escolas.
“A carga tributária encurta o poder de compra do trabalhador, emperra empresas e afasta o desenvolvimento do país”, afirma a presidente da FDCL, Inês Santiago. Vale lembrar que são os impostos que arcam com saúde e educação públicos, além de investimentos em infraestrutura.
A concessionária Energisa também participa da ação. O coordenador comercial da Energisa MS, Jonas Ortiz, explica sobre a carga tributária que incide sobre as contas de energia, que consomem 65% do valor total pago pelo cliente.
Com atendimento em dois shoppings (Norte Sul e Pátio Central), a Energisa oferece negociações de atrasados com parcelamento em até 24 vezes. Outra opção é a entrada de 10% e parcelamento em até 24 vezes, conforme critérios a serem avaliados.
Impostos consomem cinco meses de trabalho
De acordo com levantamento do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), em 2025 o brasileiro terá que trabalhar 149 dias, ou praticamente cinco meses, apenas para pagar tributos. É como se apenas a partir do dia 29 de maio o contribuinte asse, de fato, a trabalhar para si.
Produtos e serviços de uso cotidiano revelam o peso silencioso da carga tributária. Um celular, por exemplo, tem 62,46% do valor comprometido com impostos. Videogames, 51,46%. Um par de tênis importado chega a 65,71% de tributos. Motos e bicicletas têm, respectivamente, 55% e 35% do preço destinado à arrecadação de impostos. Até itens básicos do lar, como ventiladores, liquidificadores e fritadeiras elétricas, superam 40% de carga tributária.
*Com Murilo Medeiros
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