Câncer colorretal é o que mais atinge jovens em MS

Conforme o Datasus, nos últimos quatro anos foram registrados 67 casos em pessoas de 10 a 24 anos

| CLARA FARIAS / CAMPO GRANDE NEWS


Dor abdominal é um dos sintomas do câncer colorretal (Foto: Osmar Veiga)

O câncer colorretal é o que mais atinge os jovens, de 10 a 24 anos, em Mato Grosso do Sul. Conforme o Datasus, foram 67 casos de neoplasia maligna do cólon registrados nos últimos quatro anos no Estado. Em seguida, os cânceres de pele não melanoma ocupam a segunda posição, com 66 casos. Com 43 registros, o câncer do colo do útero aparece como o terceiro mais frequente nesse grupo etário.

Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), a neoplasia maligna do cólon é o quarto tipo de câncer mais incidente entre os homens e o terceiro mais frequente entre as mulheres. Para cada 100 mil habitantes, o Estado apresenta uma taxa estimada de 18,32 casos de neoplasia maligna do cólon e reto, conforme os dados mais recentes do instituto.

Dados solicitados pelo Campo Grande News à SES (Secretaria Estadual de Saúde) relacionados aos últimos quatro anos - de 2021 a 2024 -, mostram que, a maioria dos casos de câncer colorretal foram diagnosticados na Capital. A maior parte dos cânceres de pele foram registradas no interior do Estado, 47.

Outros tipos de câncer que foram registrados na juventude nos últimos quatro anos, foram na mama (32); testículos (36); leucemia mielóide - responsável pela produção de células vermelhas - (36); carcinoma - tipo de câncer de pele que ainda não invadiu as camadas mais profundas da pele - (33); cérebro (30); câncer nos ossos e cartilagens articulares dos membros (29);  leucemia linfóide (29) e doença de Hodgkin - que atinge gânglios linfáticos - (27).

Estudos recentes sobre o câncer colorretal indicam que a maioria dos casos é diagnosticada ao longo da quinta e sexta décadas de vida. Apesar disso, dados do Inca revelam um declínio entre pacientes com 50 anos ou mais e um aumento entre a população jovem. Os principais fatores de risco para o câncer colorretal são o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, ingestão de gordura animal, tabagismo e sedentarismo.

Segundo o cirurgião oncológico Rubens Kesley, responsável pelo Grupo de Câncer Colorretal do Inca, em 2018, o Brasil registrava cerca de 25 mil casos da doença por ano. Para os anos seguintes, a estimativa é de que o país alcance 80 mil casos anuais.

Em entrevista à Agência Brasil, Kesley explicou que, além da alimentação, outro fator importante a ser observado é a saúde bucal. Segundo ele, há uma bactéria presente na boca que pode favorecer o desenvolvimento do câncer colorretal. A colonoscopia, de acordo com o especialista, é o método mais eficaz para a prevenção da doença.

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