Filhos só da mãe: nome do pai falta em 14 mil registros em MS

O número total de certidões de nascimento registradas só com o nome da mãe em Mato Grosso do Sul é de aproximadamente 14 mil, segundo dados do Registro Civil de 1º de janeiro de 2020 até 30 de abril deste ano.

O número foi divulgado nesta quarta-feira (14) pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais de Mato Grosso do Sul, que representa os oficiais do Registro Civil do Estado, e também está disponível na plataforma 'Pais Ausentes' no Portal da Transparência do Registro Civil.

No ato do registro, o espaço reservado à paternidade nesses documentos ficou em branco, mas é possível que tenha sido preenchido após: seja porque o pai biológico fez o reconhecimento tardio ou porque um pai afetivo decidiu inserir seu nome na certidão do enteado ou do filho adotivo.

Outras possibilidades são os filhos terem duas mães, sendo que uma delas já fez ou ainda não fez o reconhecimento socioafetivo, ou apenas uma mãe que decidiu pela reprodução assistida.

'A sociedade evoluiu significativamente, permitindo diversas configurações familiares — uma realidade que também se reflete aqui em Mato Grosso do Sul. Presenciamos avanços como a reprodução assistida e a inseminação artificial, além de um importante progresso no reconhecimento de paternidade, que hoje pode ser feito de forma rápida e simples diretamente em cartório, sem a necessidade de procedimento judicial', explica Marcus Roza, presidente da Arpen/MS.

Números detalhados - Em 2024, Cartórios de Registro Civil de Mato Grosso do Sul registraram 2.750 recém-nascidos apenas com o nome da mãe em sua certidão de nascimento.

Em 2023, foram registrados 2.690 casos. Em 2022, foram 2.649 e em 2021, o total foi de 2.644. Em 2020, foram 2.597.

São Paulo lidera o número de registros no País, com mais de 146 mil nos últimos cinco anos, seguido por Bahia (69.814), Rio de Janeiro (66.916), Minas Gerais (61.467) e Pará (55.233).