China amplia restrições e suspende toda importação de frango do Brasil

Decisão anunciada pela istração Geral de Alfândegas da China também se estende a derivados

| MYLENA FRAIHA / CAMPO GRANDE NEWS


Aves de corte alojadas em aviário de Mato Grosso do Sul (Foto: Arquivo/Semadesc).

A China proibiu a importação de carne de frango e, agora, também de derivados do Brasil, após a confirmação de casos de gripe aviária no país. A decisão foi anunciada pela GACC (istração Geral de Alfândegas da China).

O governo brasileiro já esperava a medida desde que veio à tona o primeiro caso da doença em uma granja comercial de Montenegro, no Rio Grande do Sul, mas havia solicitado que a suspensão se limitasse ao município afetado.

Entretanto, o governo brasileiro havia formalizado, no dia 19 de maio, uma solicitação à GACC para que a medida seguisse o exemplo de países como Japão e Reino Unido, que restringiram as compras apenas às regiões diretamente afetadas.

Apesar do apelo diplomático, a China seguiu os protocolos sanitários previstos nos acordos bilaterais e anunciou, em 29 de maio, o embargo total — agora também estendido aos derivados de frango, como salsichas e linguiças.

O Brasil comunicou oficialmente o foco de gripe aviária no dia 15 de maio. Até o momento, há 13 investigações abertas sobre a presença do vírus no país, mas apenas uma envolvendo uma granja comercial.

A medida afeta diretamente os embarques do setor avícola, especialmente em estados com forte presença nas exportações. A China é o maior comprador da carne de frango brasileira, tendo importado 192 mil toneladas entre janeiro e abril deste ano, movimentando US$ 455 milhões.

Impacto em MS - Em Mato Grosso do Sul, onde a China figura como principal destino das exportações avícolas, os reflexos da decisão são observados com cautela. De janeiro a março de 2025, o estado exportou 49,6 mil toneladas de carne de frango, com receita de US$ 103,3 milhões — um crescimento de 27% em volume e 33% em valor na comparação com o mesmo período de 2024. Do total, 7,17 mil toneladas foram destinadas ao mercado chinês, o que representa cerca de 16,3% da receita do setor.

Mesmo com a suspensão, avicultores sul-mato-grossenses mantêm a confiança na rápida retomada das exportações. Ao Campo Grande News, a presidente da Avimasul (Associação de Avicultura de Mato Grosso do Sul), Francieli Coneli, já havia destacado que o Estado mantém um dos sistemas sanitários mais rígidos do país.

“O sistema de defesa em MS segue com alto padrão de biosseguridade. Seguimos trabalhando em conjunto com a IAGRO e o MAPA, para garantir que o estado continue livre da doença', afirmou Francieli.

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