Suspeito de atacar conselheira com golpe de foice na cabeça continuará preso
Conselheira recebeu alta do hospital e deve ser ouvida nesta quinta-feira (22)
| MIDIAMAX/LíVIA BEZERRA


O homem, de 35 anos, suspeito de atacar uma conselheira com golpe de foice em Bela Vista, 324 quilômetros de Campo Grande, teve a prisão preventiva decretada na noite desta quarta-feira (21).
O crime aconteceu na tarde de terça (20), quando a servidora estava com uma equipe do Conselho Tutelar realizando uma visita em uma residência. Ela sofreu uma lesão grave e foi encaminhada ao hospital.
O suspeito tentou se esconder em um brejo nas proximidades logo após o crime, mas foi preso em flagrante. A motivação para o crime, segundo explicou o delegado Renato Fazza ao Jornal Midiamax, seria um descontentamento com a decisão do Conselho Tutelar.
“A motivação seria o descontentamento com a decisão do Conselho Tutelar sobre uma criança que é da família. Por discordar da decisão do conselho, ele se apossou da foice para atacar os integrantes', afirmou o delegado.
Após ser encaminhado para a delegacia, o suspeito ou por audiência de custódia na noite desta quarta (21), em que a Justiça decretou sua prisão preventiva. Ele será encaminhado ao Presídio Máximo Romero, em Jardim.
Já a vítima recebeu alta do hospital e será ouvida pela Polícia Civil nesta quinta-feira (22) para relatar os fatos ocorridos durante a visita.
Ao Jornal Midiamax, o delegado Renato Fazza, que investiga o caso, informou que o suspeito já acumula um delito de lesão corporal no âmbito da violência doméstica em sua ficha criminal.
Ataque contra conselheira
Segundo a Polícia Civil, a equipe do Conselho Tutelar foi até a casa para buscar a documentação de uma criança que estava sendo submetida a atendimento. Ao chegar à residência, a equipe foi recebida pela avó da menor e informou sobre a possibilidade de reavaliação da guarda da criança.
Ao ser informada da possível reavaliação, a avó teria iniciado uma discussão com a equipe e proferido xingamentos. Em seguida, o pai da menor pegou uma foice que estava dentro do imóvel e foi até o portão.
Com a foice em mãos, o homem atingiu a conselheira com um golpe na região da cabeça e tentou atacar os outros conselheiros, que conseguiram escapar.
O caso é investigado pela Polícia Civil como homicídio qualificado, na forma tentada, com agravante de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Associação manifesta repúdio ao ato de violência contra servidora
Após tomar conhecimento da tentativa de assassinato ocorrida em Bela Vista, a ACETEMS (Associação de Conselheiros Tutelares de Mato Grosso do Sul) emitiu uma nota de repúdio.
A nota, assinada pelo presidente Adriano Vargas, diz que o ato configura uma grave violação aos direitos humanos. “O ato configura uma grave violação aos direitos humanos, uma afronta direta à proteção da infância e à integridade dos profissionais que atuam na linha de frente da defesa de crianças e adolescentes'.
Além disso, a associação se solidarizou à conselheira e seus familiares, bem como expressou apoio à equipe do Conselho Tutelar de Bela Vista. Por fim, a ACETEMS pediu que sejam adotadas medidas urgentes em relação ao agressor.
Prefeitura de Bela Vista também repudia ataque
A Prefeitura Municipal de Bela Vista também emitiu uma nota de repúdio em relação ao ataque contra a conselheira e os outros integrantes da equipe. Confira a nota na íntegra:
“A Secretaria Municipal de Assistência Social, Cidadania e Habitação da Prefeitura de Bela Vista manifesta seu mais veemente repúdio ao ataque sofrido por conselheiras tutelares no fim da tarde deste dia 20 de maio, enquanto exerciam suas funções legais na proteção de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
Trata-se de uma grave agressão a servidoras públicas que, com responsabilidade e dedicação, atuam na garantia dos direitos fundamentais da infância e juventude. Agredir quem protege é atentar contra toda a sociedade.
Nos solidarizamos com as profissionais atingidas e reforçamos nosso compromisso com a valorização e segurança dos conselheiros tutelares. Exigimos das autoridades competentes a apuração rigorosa dos fatos e a devida responsabilização dos envolvidos, para que este lamentável episódio não se repita.
Violência contra servidores no exercício do dever é inaceitável e deve ser combatida com o rigor da lei.'
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